Em Busca Do Conhecimento
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Produção textual sobre a temática do romance
# Realidade em "Dom Casmurro"
Um dos melhores
romances machadista , “Dom Casmurro", é abortado a traição, ou melhor
dizendo a desconfiança de Bentinho pela sua ‘amada’. O autor criou de forma criativíssima
uma obra capaz de prender o leitor, criando-lhe a dúvida: Capitu traiu ou não Bentinho?
Esses
acontecimentos podem servir de denúncia — apesar de fictício e não ter sentido
documentário — aos costumes sociais da época e ainda refletem aos seus hábitos
hodiernos. Para se ter uma ideia, em países como Estados Unidos, França e
Itália, cerca de 3,7% dos homens e 3,1% das mulheres confessam que alguma vez
na vida traíram seus parceiros, conforme o livro "Na ponta da
língua", da jornalista americana Pamela Druckerman. Isso nem chega perto
dos casais brasileiros. A última pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde
mostra que 11% das mulheres na mesma situação disseram ter relações
extraconjugais.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Resumo do livro Dom Casmurro
Livro |
# Resumo do livro "Dom Casmurro"
Bento Santiago, um advogado de meia idade, vive sozinho
numa boa casa, em bairro distante do centro do Rio de Janeiro onde é conhecido
como Dom Casmurro. Para preencher a vida pacata de viúvo sem filhos, Dom
Casmurro resolve contar suas lembranças, isto é, atar as duas pontas da vida, a
adolescência e a maturidade. Adolescente, Bentinho descobre-se apaixonado pela
menina da casa ao lado, a Capitu. Inteligente, com idéias atrevidas, Capitu
convence Bentinho a não concordar com o projeto de sua mãe, Dona Glória,
senhora viúva e rica, que queria fazê-lo padre. Bentinho tanto encanta-se pela
firmeza de Capitu quanto fica fascinado por seus cabelos, pelos olhos de
ressaca e começa a conhecer as regras do amar.
Cena da minissérie "Capitu" |
A vida toma o rumo que desejam os apaixonados: depois do
seminário, do curso de Direito em São Paulo, casam-se. A vida corre feliz até o
dia em que brota o ciúme, de tudo e de todos. A história de amor transforma-se
numa história de suspeita de traição. O ciúme faz de Bento Santiago um homem
cruel e perverso. Mordido pela dúvida de que o pequeno Ezequiel seja não seu
filho, mas de seu amigo Escobar, com que aparenta visível semelhança, impõe a
separação à Capitu. Para todos os efeitos, o bacharel rico enviava o filho,
acompanhado da mãe para estudar na Suíça. Nunca mais Bentinho encontrou Capitu,
que morre na Europa. Só revê o filho uma vez, antes de o rapaz morrer de tifo,
numa viagem científica a Jerusalém.
FONTE: resumodelivros.com.br
Autor do romance "Dom Casmurro"
# Machado de Assis
Joaquim Maria Machado
de Assis nasceu no rio de janeiro em 1839 e aí faleceu em 1908. Mulato, de
origem modesta, ficou órfão cedo. Aos dezesseis anos tornou-se tipógrafo
aprendiz. Posteriormente foi jornalista e fez carreira no funcionalismo
público. Iniciou a carreira literária com poemas e crônicas, partindo depois
para teatro, contos e romances. Estes últimos são normalmente divididos em fase
romântica e fase realista. A segunda fase garantiu a Machado o título de maior
escritor da literatura brasileira. Foi fundador e primeiro presidente da
Academia Brasileira de Letras, em 1896.
Obras: Crisálidas (1864), Falenas (1870), Americanas (1875),
Poesias Completas (1901), poesia; Contos fluminenses (1870), Histórias da
Meia-noite (1873), Histórias sem data (1884), Várias histórias (1896),
Relíquias da casa velha (1906), conto; Ressurreição (1864), A mão e a luva
(1874), Helena (1876), laiá Garcia (1878), romances da fase romântica; Memórias
póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900), Esaú
e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908), romances da fase realista; além de
peças de teatro e crônicas.
Dom Casmurro
capítulo II
“O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e
restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que
foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só
me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que
perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo.”
Capitu, quadro de Renoir |
Memórias póstumas de Brás Cubas
Capítulo XVI/uma flexão imoral
“Ocorre-me uma reflexão imoral,
que é ao mesmo tempo uma correção de estilo. Cuido haver dito, no capítulo XIV, que Marcela
morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia. Viver não é a mesma coisa que
morrer; assim o afirmam todos os joalheiros deste mundo, gente muito vista na
gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vossos dixes e
fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos corações. Esta é a
reflexão imoral que eu pretendia fazer, a qual é ainda mais obscura do que
imoral, porque não se entende bem o que eu quero dizer. O que eu quero dizer é
que a mais bela testa do mundo não fica menos bela, se a cingir um diadema
de pedras finas; nem menos bela, nem menos amada.
Marcela, por
exemplo, que era bem bonita, Marcela amou-me...”
FONTE:
SISTEMA EDUCACIONAL DO 3° MILÊNIO. p. 107 e 108
# Você sabia?
Doze curiosidades sobre Machado de Assis:
1. O carioca Francisco José de Assis, pai de Machado,
era pintor de paredes e descendentes de escravos alforriados.
2. O avô de escritor foi escravo da chácara de
Maria José de Mendonça Barroso, no morro do Livramento. Ela batizou o escritor
e foi em sua biblioteca que Machado começou a ler.
3. A única irmã do escritor, Maria Machado de
Assis, dois anos mais velha, e a madrinha dele, Maria José de Mendonça Barroso,
morreram em 1845. As duas foram vítimas de sarampo.
4. Cinco anos após a morte da mãe de Machado de
Assis, causada por tuberculose, seu pai se casou com Maria Inês da Silva, que
era lavadeira, cozinheira e doceira.
5. Machado não teve educação formal e teria
trabalhado desde criança, como vendedor de balas e doces feitos por sua
madrasta e engraxate. Talvez tenha sido coroinha.
6. Machado traduziu o romace “Os Trabalhadores
do Mar” de Victor Hugo, na juventude, publicado em 1886 pela Perseverança.
Estudo sozinho alemão e inglês.
7. Em 1839, ano em que Machado nasceu, o Rio
tinha aproximadamente 200 mil habitantes, metade deles eram escravos. O
primeiro endereço do escritor foi a quinta no morro do Livramento, junto à zona
portuária.
8. Machado foi enterrado ao lado da mulher
Carolina, obedecendo ao seu desejo, no cemitério São João Batista, em Botafogo,
no Rio. Carolina morreu quatro anos antes dele, em 1904.
9. No fim de sua vida, Machado de Assis
determinou que toda correspondência trocada entre ele e Carolina (sua esposa)
fosse queimada. Sobraram apenas duas, preservadas por sobrinhas de Carolina.
10.A suposta traição de Capitu no romance “Dom
Casnurro” só foi apontada pela crítica americana Helem Caldwell nos anos 60.
Antes, acreditava-se que a protagonista era culpada das acusações de Bentinho.
11. Muitas das citações bíblicas usadas por Machado
são sacásticas. Em “Dom Casmurro”, o autor compara a criação do mundo com uma
ópera que tem como autores Deus e o Diabo.
12. A imagem de Machado de Assis foi estampada na cédula de mil
cruzados, que circulou ente 1987 e 1990. Villa-Lobos e Candido Portinari também
foram homenageados nos cruzados.
FONTE:
FOLHA ONLINE
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